Nissan luta para se manter viva no  mercado automotivo?

A secular multinacional japonesa Nissan, que já foi uma referência no setor automobilístico, mais uma vez parece estar em apuros e corre o risco de ir à falência. Há cerca de um mês a empresa declarou estar em modo emergência e que deve dispensar cerca de 9 mil trabalhadores em suas plantas, reduzindo em 20% sua capacidade de produção, vender cerca de 10% de suas ações na Mitsubishi e atrasar o lançamento de novos modelos.

Com uma queda de lucro de 93% no primeiro semestre deste ano e uma queda expressiva nas vendas na China e nos EUA, dois dos maiores mercados globais de veículos, a Nissan enfrenta uma de suas maiores crises financeiras e operacionais, intensificada pela redução da parceria com a francesa Renault, iniciada em 1999, que diminuiu sua participação de 43 para 36%.

No último trimestre, a Nissan registrou um prejuízo de US$ 62 milhões, contrastando com o lucro de US$ 1,2 bilhão no mesmo período do ano passado.

Enquanto a Nissan luta para se manter competitiva, as montadoras chinesas, lideradas por marcas como BYD, estão dominando o mercado global. A China assumiu o posto de maior fabricante de veículos do mundo, enquanto a participação do Japão na produção global caiu de 20% para 11% nas últimas duas décadas.

Há três meses, uma joint-venture entre a Honda e Nissan foi anunciada para co-desenvolver veículos elétricos e também frear a ‘invasão’ chinesa que está acontecendo em vários mercados automotivos espalhados pelo mundo, levantando especulações sobre uma possível aquisição pela rival japonesa

De acordo com a direção da Nissan, a empresa teria entre 12 e 14 meses para reverter sua situação e garantir a sobrevivência no competitivo mercado automotivo.

 

 

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