Aconteceu no dia 7 de julho o leilão da marca Daslu, ícone do mercado de luxo na década de 1990: um compêndio de 50 registros e processos ativos junto ao INPI (Instituto Nacional de Propriedade Intelectual), que incluem o uso da marca em diversos tipos de roupas, aparelhos de jantar, artigos para pets, serviço de decoração de festas e cerimonial, dentre muitos outros usos e o domínio da marca na internet, criado em 1997, confirmando o valor da marca, anos após a sua falência.
O início da história:
A Daslu foi fundada na década de 1950 pelas socialites Lucia Piva Albuquerque e Lourdes Aranha. Na década de 1990, já sob o comando de Eliana Tranchesi a loja passou a oferecer marcas internacionais como Chanel, Prada e Gucci, numa época em que só era possível ter acesso a esses produtos em viagens para fora do país, transformando antiga lojinha de bairro no maior shopping de luxo brasileiro
Em meados dos anos 2000 foi inaugurada a Villa Daslu, um imponente edifício neoclássico, de 20 mil metros quadrados que teve um investimento de R$ 100 milhões e que chegou a empregar 700 pessoas.
A derrocada:
E 2005, a Daslu foi alvo da operação Narciso, da Polícia Federal e sua proprietária foi presa sob suspeita de sonegação fiscal. Em 2009, a empresária foi condenada a 94 anos de prisão por crimes como formação de quadrilha e falsidade ideológica.
Em 2012, a empresária faleceu de câncer. Com dívidas de R$ 80 milhões, a Daslu pediu recuperação judicial em 2010, e foi vendida para o fundo Laep Investments. Lodo depois a marca foi à falência, tendo seu prédio monumental destruído.
Valor após a falência:
Promovido pela casa de leilões Sodré Santoro, o leilão teve lance mínimo de R$ 1,4 milhão e a marca foi vendida por R$ 10 milhões, mas, o vencedor que ainda teve de pagar R$ 500 mil de taxa à casa de leilões só terá a transferência da marca após julgada a ação que alegam que a marca detida pela empresa herdeira da Daslu vale R$ 40 milhões.
A quantia será usada para cobrir a massa falida e pagar os credores.