Encerrados os 60 dias conseguidos judicialmente para a suspensão de cobranças de dívidas, a OSX, empresa de estaleiros do empresário Eike Batista, entrou com um novo pedido de recuperação judicial que foi aprovado pela A 3ª Vara Empresarial do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ).
Esta é a segunda vez que o empresário precisa recorrer a justiça para reestruturar as dívidas que atualmente chegam a R$ 7,9 bilhões, mais do que na primeira vez quando o montante devido era de R$ 5,3 bilhões. Entre os principais credores do grupo estão o próprio Porto do Açu, a Caixa Econômica Federal, o Banco Votorantim e o Santander Brasil.
Fundada em 2007, a OSX Brasil se consolidou no mercado atuando em participações societárias do grupo econômico nas atividades de construção naval, com foco na montagem, integração e comissionamento de unidades de exploração e produção; prestação de serviços para operação e manutenção dos equipamentos navais e leasing (espécie de locação) de unidades de exploração e produção direcionadas ao setor.
A empresa é uma das últimas do grupo X que ainda está sob comando de Eike.
A decisão pela recuperação veio junto com a determinação de que os credores fiquem proibidos de suspender o fornecimento de serviços essenciais à empresa, que seja suspensa a publicidade de protestos e restritos os cadastros da companhia no SCPC e no Serasa.
De acordo com declarações, a companhia vem buscando alternativas, se esforçando para equalizar suas obrigações financeiras e entende que a recuperação judicial é a medida mais adequada para dar continuidade ao seu processo de reestruturação.
O plano de recuperação judicial está embasado nas mudanças estratégicas promovidas pela atual gestão que proporcionaram novas oportunidades comerciais, como a celebração de novos contratos com o Grupo OSX, bem como o sólido desenvolvimento da OSX no Complexo Industrial e Portuário do Açu, principal eixo de geração de novos investimentos e renda no Norte.