O setor da construção civil vem passando por grandes dificuldades e teve o seu momento mais dramático com a crise sanitária decorrente da proliferação da COVID-19, cujos efeitos ainda não são totalmente conhecidos e já abalam até mesmo as mais sólidas corporações. Este é o caso da AMPR – Arquitetura e Incorporações Ltda. e outras duas empresas pertencentes ao seu grupo econômico que tiveram seu pedido de recuperação judicial aceito pela 6ª Vara Cível da Comarca de Caxias do Sul.
A AMPR é uma empresa de construção civil, dedicada à incorporação de imóveis residenciais e comerciais que iniciou suas atividades em abril de 2009 e se especializou na construção de imóveis de padrão médio e popular.
Ao longo deste tempo construiu um portfólio de empreendimentos planejados para atender qualquer necessidade, seja de investir em um imóvel ou adquirir um lugar para morar, e de atender a todos os perfis, dando origem a outras empresas.
A decisão pelo pedido de recuperação se deu para que para que seus credores não sejam ainda mais prejudicados pelo inadimplemento inevitável. Com o objetivo de solucionar as causas da crise antes que suas consequências se tornem irreversíveis, as empresas, cujas obras encontram-se atualmente paralisadas, identificaram na recuperação judicial o meio mais propício para alcançar sua reorganização e, evidentemente, saldar o seu passivo que soma mais de 8 milhões em dívidas recuperáveis
O grupo conta com parceiros que demonstram interesse na realização de investimentos para finalização das construções por elas iniciadas. Esses parceiros estariam aguardando o efetivo empresarial para formalizarem os aportes necessários com maior segurança. Esse interesse reitera a pertinência do procedimento judicial e reflete a existência de viabilidade econômica do objeto das empresas conjugada com a circunstância de crise financeira, com acúmulo de passivo tal que as sujeitam a risco financeiro.
AMPR conta neste processo com a assessoria jurídica da especialista em recuperação judicial, a advogada Aline Ribeiro Babetzki.
Texto: Joelma Esteves
Jornalista – MTB 9239
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