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Ao anunciar ter entrado em recuperação judicial no último dia 11, a corretora cripto FTX, com sede nas Bahamas, afetou diretamente milhares de investidores no mundo inteiro, e, de quebra, contaminou duas outras gigantes de criptoativos, trouxe prejuízos para alguns dos maiores players de venture capital e pode chegar a investidores institucionais das finanças tradicionais do mundo regulado.

Ontem, 17, a corretora de ativos digitais Genesis suspendeu resgates e novas operações de crédito com base em criptoativos. A Gemini, uma das mais antigas corretoras de criptomoedas, suspendeu saques de seu produto de rendimento, uma espécie de conta remunerada em criptomoedas, que tinha como principal parceira a Genesis. A Galaxy Digital, que atua com serviços financeiros voltados para ativos digitais, tinha US$ 77 milhões na FTX.

A FTX, a segunda maior corretoras de criptomoeda do mundo, atrás apenas da Binance, chegou a valer cerca de US$ 32 bilhões neste ano e mantinha bilhões de dólares em depósitos de seus clientes. O crescimento da empresa levou seu dono, o jovem Sam Bankman-Fried, ao posto de um dos maiores bilionários do mundo – status que ele perdeu rapidamente com o vazamento da informação de que o CEO da instituição usava fundos de clientes para cobrir as dívidas de sua empresa-irmã, a Alameda Research, violando o próprios termos e condições da empresa, levando milhares de clientes a sacar o dinheiro que tinham na empresa.

Mais de 1 milhão de clientes e credores estão ligados ao grupo FTX, que tinha 130 subsidiárias e atuava em diversas frentes de negócios digitais – trade, custódia, emissão de tokens, funding de empresas, crédito, tecnologia, entre outras

Com o pedido de recuperação, de acordo com o código de falências americano, a empresa terá o prazo de 120 dias com possibilidade de prorrogação para até 18 meses para apresentar um plano de reestruturação e de pagamento dos credores. Posteriormente será nomeado um administrador judicial, mas a administração atual segue à frente da empresa como debtor in possession, o que significa que ainda existe alguma esperança de que os investidores tenham seus investimentos de volta, desde que enfrente positivamente temas como insolvência transfronteiriça e eficácia da recuperação.

Segundo o famoso maximalista do Bitcoin, Jimmy Song,  a trajetória de longo prazo do preço das altcoins é de queda e o caso FTX poderá ser lembrada no futuro como o “início do fim” das criptomoedas alternativas ao BTC, pois com o pedido de recuperação judicial da massa falida junto à Justiça dos EUA, é provável que o destino do FTX Token vá nominalmente a zero.

Porém ao contrário do que acredita Song, o BTC não está assim tão firme e a notícia pegou o mercado no pé contrário. O bitcoin (BTC), que tentava amenizar as perdas da semana, voltou a cair mais de 5% nesta sexta-feira (11), acumulando perdas acima dos 20% nos últimos sete dias.

 

 

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