Conglomerado gaúcho recorre a recuperação judicial

Ao acumular uma dívida que supera R$ 1 bilhão, o Grupo Isdra recorreu à recuperação judicial.
A empresa gaúcha vinha tentando reestruturar as finanças nos últimos dois anos e chegou a anunciar a venda de ativos, mas teve dificuldade com débitos tributários e a crise financeira se agravou com a alta da taxa de juro Selic, deixando dívidas impagáveis, além do impacto recente das enchentes que afetaram seus hotéis com o fechamento do aeroporto Salgado Filho.

O grupo Isdra, um dos mais tradicionais conglomerados empresariais do Rio Grande do Sul, é dono da Fibraplac, fabricante de MDF, da Isdralit, que fabrica telhas de fibrocimento no Rio Grande do Sul e Paraná, da Astir Incorporadora, da Rede Master Hotéis e do Rua da Praia Shopping, um dos ativos que havia sido colocado a venda.

O recurso judicial foi solicitado para parte das suas empresas: Isdralit, Fibraplac, Astir, Platamon, Terras Verdes, Olímpia e Grupo Isdra Participações, com o intuito de manter atividades e empregos do grupo, o que é a proposta do mecanismo da recuperação judicial. O Grupo Isdra tem até 22 de setembro para apresentar o plano de recuperação judicial, que deverá ser aprovado pelos credores, entre eles o Badesul com uma dívida de R$ 295 milhões, embora a companhia negue qualquer relação com a instituição.

A história da família Isdra no Brasil começou em 1947, quando os irmãos Abraham Isaak e Leônidas vieram da Grécia. Atualmente é administrado por Eduardo Isdra Záchia, neto de um dos fundadores.

 

 

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