Cortes de custos, renegociação de prazos e investimento em inovação foram algumas das estratégias utilizadas pela Keko Acessórios para superar a crise e sair da recuperação judicial.
Depois de passar por uma recessão econômica que afetou o setor em 2015 e 2016, quando os bancos recolheram o capital de giro e estrangularam as finanças, a empresa conseguiu seguir por três anos, até que em 2018, com dívidas que alcançavam R$ 75,5 milhões, a recuperação judicial foi inevitável.
O processo fez a empresa aprender a operar com sustentabilidade financeira e a Keko aproveitou o crescimento do segmento de picapes no Brasil. Mirou no mercado de personalização de acessórios para picapes e SUVs, pagou fornecedores, manteve montadoras como suas clientes e expandiu a operação para acompanhar o crescimento de 40% nesse mercado nos últimos dois anos, trazendo à indústria novas oportunidades.
No ano passado faturou R$ 350 milhões, avanço de 25% em comparação a 2023. A cifra demonstra também que a fabricante de capotas dobrou de tamanho em comparação a 2021, quando iniciou trajetória ascendente. E, em comparação a 2018, quando a receita era de R$ 130 milhões, confirmou um crescimento de 170%.
A empresa fundada em 186, na cidade de Flores da Cunha fornece para a Ford, Volkswagen, Toyota, Chevrolet, Fiat, Jeep, Mitsubishi, Renault, Nissan, Honda, Mercedes-Benz e Hyundai. Este conglomerado de marcas deve ser responsável por 62% de seu faturamento em 2025, sendo 31% de OEM e 31% de peças e acessórios comercializados pelas montadoras nas concessionárias. Do restante, 13% virá do aftermarket, sendo um quarto dos produtos de marca própria e 25% das exportações.
Agora, com a crise superada, a empresa investe na expansão da fábrica e na adoção de novas tecnologias. Entre 2024 e 2025, serão aplicados 30 milhões de reais em ampliação e novos equipamentos.