O complexo industrial da Paquetá será leiloado pela Justiça do Trabalho neste mês de novembro. Depois de quase um ano do encerramento da recuperação Judicial da Paquetá Shoe Company, grande parte das dívidas ainda não foram pagas, mas estão dentro das previsões propostas no plano de RJ, que envolvia prazos muito maiores do que o período de fiscalização para o pagamento de credores. Uma das classes tem pagamento previsto em até dez anos.
O valor das dívidas coberto pela proposta protocolada era de R$ 638,5 milhões.
No total, cinco imóveis entram no processo: um prédio de 32,8 mil metros quadrados, outro com 6,4 mil metros quadrados e três terrenos, de 1,7 mil, 594 e 559 metros quadrados, avaliados em R$ 75,3 milhões, valor do lance inicial, que será realizado no dia 25. A disputa será realizada de forma on-line e presencial, na sede da Associação Comercial, Industrial e de Serviços de Sapiranga, Nova Hartz e Araricá (Acisa). Se ainda restarem imóveis após este evento, um novo leilão será realizado em 5 de dezembro, com redução no preço de largada de 40%.
Para cobrir parte das dívidas e dar fôlego a companhia, em agosto de 2023, o braço de varejo da calçadista gaúcha, composto por 63 lojas, foi vendido como uma unidade produtiva isolada (UPI). A compradora foi a rede paulista de calçados Oscar, com sede em São José dos Campos e 40 anos de atuação.
As empresas que fazem parte do grupo Paquetá são: Capodarte, Dumond, Esposende, Gaston, Paquetá, Paquetá Esportes.