Selic

Após dois dias de reunião, o Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) divulgou ontem, 7, a sua decisão de aumentar a Selic, a taxa básica de juros da economia brasileira, em 0,5 ponto percentual que passou de 14,25% para 14,75% ao ano, a mais alta desde julho de 2006.

O Comitê considera essa decisão compatível com a estratégia de convergência da inflação para a meta, mantendo o objetivo fundamental de assegurar a estabilidade de preços. Essa decisão também implica suavização das flutuações do nível de atividade econômica e fomento do pleno emprego. Esta elevação é mais branda do que as três anteriores, que foram de 1 ponto percentual, e está alinhada com a expectativa do mercado financeiro.

O aumento da taxa Selic ocorre no mesmo dia que o Federal Reserve (Fed - o banco central norte-americano) decidiu manter os juros dos Estados Unidos entre 4,25% e 4,5%, contrariando o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que queria a redução dos juros.

Para a próxima reunião, o cenário de incerteza, aliado ao estágio avançado do ciclo de ajuste e seus impactos acumulados, que seguirão sendo observados, exigem cautela adicional na atuação da política monetária e flexibilidade para incorporar os dados que impactem a dinâmica de inflação.

A elevação da Selic encarece principalmente as operações de crédito e financiamento e tem como objetivo inibir o consumo e os investimentos produtivos para frear a inflação.

O Copom se manterá vigilante e afirma que ainda pode haver mais elevações da taxa nos próximos encontros para reavaliação do cenário e eventual mudança nos juros que se darão em junho, julho, setembro, novembro e dezembro.

 

 

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