As enchentes, que assolaram o Rio Grande do Sul em maio, levaram por água abaixo as esperanças da Pavioli, indústria de massas localizada em Canoas, de se reerguer. A empresa, que já estava na sua segunda recuperação judicial, teve seu processo convolado em falência, em junho, logo após o seu pavilhão, localizado no bairro de São Luis, um dos mais afetados pela catástrofe climática, ser invadido pela enxurrada.
Depois de sobreviver à pandemia, a indústria voltou a se endividar e ao solicitar a segunda reestruturação judicial já acumulava cerca de 20 milhões em débitos. Uma das maiores despesas da companhia era em alugueis e, segundo representantes legais, havia um plano de mudança de local. Com as chuvas, a justiça retomou judicialmente o espaço e os proprietários, se quer, puderam contabilizar os prejuízos.
Fundada em 1957 na cidade de Pelotas, a fábrica mudou para a capital em 1983 e três anos depois criou a marca que conquistou o paladar dos gaúchos. Agora a capilaridade da marca, junto ao ativo da massa falida que deve ser leiloado, podem ser determinantes para saldar as dívidas.
A situação representa um impacto significativo tanto no setor econômico do estado quanto para os trabalhadores diretamente afetados.