A Tupperware, conhecida mundialmente por seus recipientes plásticos para armazenamento de alimentos, parece estar dando os últimos suspiros. Depois de fechar sua única fábrica nos EUA, na Carolina do Sul, em junho deste ano, resultando em 148 demissões, a empresa solicitou a aprovação do Tribunal de falências de Delaware – EUA, para seguir operando sob procedimentos do Capítulo 11, uma rota comum para muitas companhias que pedem proteção contra falência para encerrar algumas operações, se livrar de dívidas e cortar custos.
A indústria octogenária recorreu à justiça para facilitar um processo de venda do negócio enquanto continua operando. Nos últimos anos, a posição financeira da Tupperware foi severamente impactada pelo ambiente macroeconômico desfavorável. A situação se agravou quando novos investidores compraram a maior parte dos empréstimos seniores da empresa por valores muito abaixo do preço nominal, em uma tentativa de lucrar com a crise da companhia. Esses credores estão dispostos a emprestar mais dinheiro, mas com condições rigorosas, o que levou a empresa a buscar proteção judicial.
O Capítulo 11 da falência permite que as empresas resolvam seus problemas financeiros por meio de reestruturação concedendo a flexibilidade essencial à medida que a empresa busca alternativas. Porém, os credores apresentam uma forte resistência pois preferem uma liquidação rápida, onde teriam a oportunidade de ficar com os principais ativos da empresa, incluindo o famoso nome Tupperware.