O câncer de próstata é o segundo que mais mata, atrás, apenas, dos tumores de pulmão. Em 2021 foram contabilizados 16.055 óbitos no Brasil, o que corresponde a 44 mortes por dia, de acordo com o Instituto nacional do Câncer (Inca), o ano de 2022 deve fechar com cerca de 65 mil novos casos da doença.
Daí a importância em se abordar este assunto em todas as instâncias. É preciso conscientizar os homens sobre a necessidade dos cuidados com a própria saúde de forma rotineira, e não somente quando aparece algum problema.
A doença pode atingir qualquer homem, mas os principais fatores de risco são a idade raramente surge antes dos 40 anos e aumenta com o envelhecimento; histórico familiar de câncer de próstata em pai, irmão ou tio; herança racial: homens de raça negra são mais suscetíveis a neoplasia de próstata e por fim, a obesidade.
Em estágio inicial, quando as chances de cura chegam a 90%, não apresenta sintomas. Quando aparecem, o tumor geralmente está em uma fase mais avançada, podendo o homem ter dificuldade para urinar, micção frequente, disfunção erétil, presença de sangue na urina ou no sêmen e dores pélvicas ou ósseas.
Para o diagnóstico precoce da doença, recomenda-se que homens a partir de 50 anos, mesmo sem apresentar sintomas, procurem um urologista para avaliação individualizada. Aqueles que integram o grupo de risco são orientados a começar os exames mais cedo, a partir dos 45 anos. Além de buscar hábitos para uma vida saudável.
Também é preciso deixar de lado o medo e o preconceito em relação ao exame de toque retal e ao tratamento. Ao contrário do que a maioria dos homens pensa, nem todos os casos de câncer de próstata precisam ser operados. Outra preocupação dos homens após o diagnóstico de um tumor na próstata é a disfunção erétil, mas nem todos os homens ficam impotentes após a cirurgia. De fato, existem alterações da função sexual, mas a maioria dos pacientes operados tem a função erétil preservada, embora possa levar alguns meses para obter-se essa recuperação.
A ejaculação, entretanto, fica permanentemente ausente.
As opções de tratamento do câncer de próstata variam de acordo com o estágio da doença e com as condições clínicas e desejo do paciente.
Entre elas, estão cirurgia, radioterapia, vigilância ativa, hormonioterapia, quimioterapia e radiofármacos.