A partir de um protesto realizado em São Paulo no dia 10 de outubro de 1980 esta data tornou-se o Dia Nacional de Luta contra a Violência à Mulher. Aquelas mulheres se reuniram nas escadarias do Teatro Municipal para um protesto contra o aumento de crimes de gênero no Brasil. Desde então, mudanças na legislação criaram leis para proteger mulheres vítimas de violência, como a Lei Maria da Penha (Lei n.º 11.340/2006) que já passou por uma série de mudanças para a consolidação do enfrentamento de abusos, agressões e crimes motivados por discriminação de gênero e a Lei do Feminicídio (13.104/2015) que prevê circunstância qualificadora do crime de homicídio e inclui o feminicídio no rol dos crimes hediondos.
Mas ainda assim, a violência contra a mulher ainda é uma realidade e choca a população.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o Brasil tem a quinta maior taxa de feminicídios do mundo: 4,8 para 100 mil mulheres. Somente no ano passado, foram 1.437 casos registrados.
De acordo com uma pesquisa, um terço das mulheres brasileiras já sofreu violência física ou sexual pelo menos uma vez na vida. Quando incluídas as violências psicológicas, este número sobe para 43%. O estudo, realizado através de fatos publicados pela imprensa, também apontou que 45% das mulheres agredidas não pediram ajuda de nenhum tipo, 38% afirmaram acreditar que conseguiriam resolver o problema sozinhas e 21,3% declararam que não denunciaram por não confiarem na polícia.
É importante difundir o Ligue 180, um canal de atendimento exclusivo para mulheres, em todo o país. Além de receber denúncias de violência, como a familiar ou política, o serviço compartilha informações sobre a rede de atendimento e acolhimento à mulher em situação de violência e orienta sobre direitos e legislação vigente.
O Ligue 180 pode ser acionado por meio de ligação, site da Ouvidoria Naciobal de Direitos Humanos )ONDH), aplicativo Direitos Humanos Brasil, Telegram (digitar na busca “Direitoshumanosbrasil”) e WhatsApp (61-99656-5008). O atendimento está disponível 24h por dia, incluindo sábados, domingos e feriados.